25 de agosto de 2011

Fenômenos sutis


VI FORMARAU
Recortes poéticos
Dia 16 de Julho de 2011
Das 19h às 21h no auditório do Palácio do Trabalhador Rua: Galvão Bueno, 782 Liberdade – São Paulo SP

Estudos dos Movimentos com o Grupo Cia Expandida
FENÔMENOS SUTIS - 30min
Livremente inspirado no conto “O espelho” de Guimarães Rosa. Espetáculo feito a partir da linguagem performance adaptável a palcos e espaços alternativos, experimentações em não lugares. Interpretes criadoras: Carol Piques, Célia Gnecco, Ju Malagola, Lilia Reis, Val Contessa. Direção: Lilia Reis. Produção: Ju Malagola







18 de julho de 2011

Encomenda

Durante nosso processo de pesquisa e montagem de performance criada a partir de processo colaborativo, livremente inspirado no conto "O Espelho" de Guimarães Rosa surgiu esta linda poesia de Cecília Meireles:

Encomenda

Desejo uma fotografia
como esta - O senhor vê? - como esta
em que para sempre me ria
com um vestido d eterna festa.

Derrama luz na minha testa
pois tenho a testa sombria
deixe esta rua que me empresta
um certo ar de sabedoria

Não invente fundos de florestas
nem de arbitrária fantasia
não, no espaço que ainda resta,
ponha uma cadeira vazia.

Cecília Meireles.

Nosso processo é uma eterna encomenda e sempre caberá espaço para novidades, então temos sempre a cadeira vazia pra não esquecer de se abrir ao novo, de dar espaço pra pensar e mudar de idéia sem culpa e sem orgulho individualista, e deixar sempre um vão entre uma coisa e outra, assim sabemos perceber que não estamos prontos, mas sempre em prontidão, sempre em processo de eterna construção e fazendo desta cadeira vazia mais que uma expressão, mas de fato uma busca pela solução de não ter a obrigação de ser um artista funcionário alienado, mas um intérprete criador, criando e compartilhando juntos nossas idéias, crises e nosso constante encontro.



"Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos." (Autoria Desconhecida)

A fábula do porco espinho


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
 
  
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. 
  
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: 
  
Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. 
  
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. 
  
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. 
  
E assim sobreviveram.


Moral da História: 
O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades


"As pessoa podem ter dúvidas do que você diz; mas nunca do que você faz!"

9 de junho de 2011

não lugares proibidos???

Estamos em busca de projetar os refletores para não lugares em que queremos compor, ou não, causar estranhamentos ou incertezas, ou verdades, ou mentiras...
Não podemos nos furtar a compartilhar com as pessoas as nossas vontades, mas também devemos tomar muito cuidado em como os indivíduos irão sentir-se com relação a isso, muitas vezes, as nossas verdades inventadas  podem ser vistas por ângulos bem esquisitos...
Vale lembrar que nós criamos as necessacidades, e porque não as desutilidades das coisas também???
Augé, antropólogo francês, traz esta discussão colocando em pauta que os não lugares, aqueles  incapazes de criar qualquer tipo de identidade, como espaço de utilizável, mas será possível? criar alguma coisa de útil num espaço não identitário, não histórico? e mais, será possível pensar que algo não é identitário, não histórico, não útil.
É isso que buscamos, como ressigificar, como desutilizar,como criar estes espaços e buscá-los, e melhor, como conquistá-los? é uma busca incessante, é um vôo incontido...
Acada encontro, a cada processo, a cada laboratótio criativo, surgem novas descobertas de não lugares...


 mas ,como definir os não lugares???  


(...) “Os não-lugares são a medida da época; a medida quantificável e que se pode tomar adicionando, ao preço de algumas conversões entre superfície, volume e distância, as vias aéreas, ferroviárias, das auto-estradas e os habitáculos móveis ditos ‘meios de transporte’ (aviões, comboios, autocarros), os aeroportos, as gares e as estações aeroespaciais, as grandes cadeias de hotéis, os parques de recreio, as grandes superfícies da distribuição”, (...) “a distinção entre lugares e não-lugares passa pela oposição do lugar ao espaço”. (...) “O não-lugar é o contrário da utopia: existe e não alberga sociedade orgânica alguma. E que de dia para dia, acolhe cada vez mais pessoas” (...),
Augé (2005) 

8 de junho de 2011

CIA EXPANDIDA VIRADA SUSTENTÁVEL. 05/06/2011

CIA EXPANDIDA NA VIRADA SUSTENTÁVEL.
Parque Santo Dias Capão Redondo
Espetáculo: Fenômenos Sutis 
Livremente inspirado no conto "O espelho" de Guimarães Rosa.
Espetáculo feito a partir da linguagem performance adaptável a palcos e espaços alternativos, experimentações em não lugares.
Intérpretes criadoras:
Carol Piks
Célia Gnecco
Ju Malagola
Lilia Reis
Val Contessa
Direção: Lilia Reis
Coreografias: Elenco
Produção: Ju Malagola
Técnica: Vinicius Valente












20 de maio de 2011

...sensações sutis...

Cena? dança? coreografia? onde começa? quando começa? onde termina? termina?
É exercício? é alongamento? é aquecimento? é cena? é espetáculo?Por que não? podemos copiar e colar o movimento do outro? podemos criar o nosso? é espontâneo? é expandido? é contraído?sentimos a diferença?
Enxergamos com o nariz? revisitamos a coluna? cheiramos com a boca? e as mãos escutam? tateamos com a barriga? pensamos pelo sexo?

É tudo tentador e desafiador, é a busca pela corporeidade da idéia, é a vontade de não deixar acabar, é sair da zona de conforto e entrar no jogo, é ser eu, ser o ooutro,o meio do jogo, não é necessário entender, é de fenômenos sutis que estamos falando.
Lilia Reis.

8 de abril de 2011

Transformando

                          Narciso (1594-1596), Caravaggio.


 Já faz tempo desde a última postagem.

Depois dela muitas coisas já aconteceram e nosso processo de investigação continua.
Investimos em investigarmos a inquietude de cada um. Nossa, quanto "in"! Se quizermos traduzir este termo do inglês, podemos dizer que se refere ao que está dentro, interno, inside... Aí mora uma grande pista que nos conduz.
Nos colocamos ali, no meio do tempo e do espaço. Afirmamos. Perguntamos. Silenciamos. Despedimos. Conversamos. Realinhamos e agora continuamos o mergulho no dentro de cada um de nós, para trazermos á tona o que será este trabalho.
Tempos turbulentos! Mudanças... transformações.
"Você chegou a existir?"