Estamos em busca de projetar os refletores para não lugares em que queremos compor, ou não, causar estranhamentos ou incertezas, ou verdades, ou mentiras...
Não podemos nos furtar a compartilhar com as pessoas as nossas vontades, mas também devemos tomar muito cuidado em como os indivíduos irão sentir-se com relação a isso, muitas vezes, as nossas verdades inventadas podem ser vistas por ângulos bem esquisitos...
Vale lembrar que nós criamos as necessacidades, e porque não as desutilidades das coisas também???
Augé, antropólogo francês, traz esta discussão colocando em pauta que os não lugares, aqueles incapazes de criar qualquer tipo de identidade, como espaço de utilizável, mas será possível? criar alguma coisa de útil num espaço não identitário, não histórico? e mais, será possível pensar que algo não é identitário, não histórico, não útil.
É isso que buscamos, como ressigificar, como desutilizar,como criar estes espaços e buscá-los, e melhor, como conquistá-los? é uma busca incessante, é um vôo incontido...
Acada encontro, a cada processo, a cada laboratótio criativo, surgem novas descobertas de não lugares...
mas ,como definir os não lugares???
(...) “Os não-lugares são a medida da época; a medida quantificável e que se pode tomar adicionando, ao preço de algumas conversões entre superfície, volume e distância, as vias aéreas, ferroviárias, das auto-estradas e os habitáculos móveis ditos ‘meios de transporte’ (aviões, comboios, autocarros), os aeroportos, as gares e as estações aeroespaciais, as grandes cadeias de hotéis, os parques de recreio, as grandes superfícies da distribuição”, (...) “a distinção entre lugares e não-lugares passa pela oposição do lugar ao espaço”. (...) “O não-lugar é o contrário da utopia: existe e não alberga sociedade orgânica alguma. E que de dia para dia, acolhe cada vez mais pessoas” (...),
Augé (2005)
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